sexta-feira, 4 de junho de 2010

Bar ruim é lindo, bicho!

Gente, sei que o texto é grande, mas merece um post. Lembra de amigos, Jornalismo UFSC, Vasquinho e de quando nos achávamos "meio intelectuais". Ou continuamos nos achando?

Bar ruim é lindo, bicho!
Antonio Prata

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinqüenta anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de cento e cinqüenta anos, mas tudo bem).
No bar ruim que ando freqüentando ultimamente o proletariado atende por Betão – é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhentos anos de história.
Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar “amigos” do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.
– Ô Betão, traz mais uma pra a gente – eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte dessa coisa linda que é o Brasil.
Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte dessa coisa linda que é o Brasil, por isso vamos a bares ruins, que têm mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gâteau e não tem frango à passarinho ou carne-de-sol com macaxeira, que são os pratos tradicionais da nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gâteau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda.
Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, gostamos do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne-de-sol, uma lágrima imediatamente desponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida. Quando um de nós, meio intelectual, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectuais, meio de esquerda, freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim.
O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e, um belo dia, a gente chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e, principalmente, universitárias mais ou menos gostosas. Aí a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.
Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantêm o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam cinqüenta por cento o preço de tudo. (Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato). Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão Brasil, tão raiz.
Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país. A cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelos Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gâteau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda que, como eu, por questões ideológicas, preferem frango à passarinho e carne-de-sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no Nordeste, e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o Nordeste é muito mais autêntico que o Sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é bem mais assim Câmara Cascudo, saca?).
– Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

"You and me in the photobooth"


O LaPhotoCabine é uma versão digital das cabines de fotos sequenciais instatâneas! Tãaaaao legal!

Olhar Estrangeiro


Então gente! Estou por aqui fazendo meu curso de coolhuting e o meu trabalho final envolve "DNA Brasil". E isso me fez lembrar de um documentário lançado em 2006 chamado "Olhar Estrangeiro" que a Juzinha, amiga queridona, pesquisou para o TCC dela. Ele foi dirigido por Lúcia Murat e baseado no livro "O Brasil dos Gringos" de Tunico Amâncio. O foco do documentário são roteiristas e diretores de filmes que usaram e abusaram desses clichês. No youtube dá para assistir todo ele que está dividido em 7 partes de 10 minutos. Eu recomendo...é até engraçado ouvir as justificativas dos diretores sobre as histórias e o que eles e outros entrevistados sabem sobre o Brasil. Haja imaginação!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Clique e mude seu visual

Dica bem mulherzinha com antecedência, para as interessadas testarem antes do final de semana.
No site Magic Makeover, você baixa uma foto do seu rosto e testa todos os visuais que já sonhou (ou não) ter. Tem penteado, maquiagem, acessórios...

Eu fico bem de black power avermelhado. E vocês?

http://makeover.mdemulher.abril.com.br/magic-make-over/

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dica: Festa sobre rodas - excursões de show


Descobri há pouco tempo, mas os caras estão na ativa há quatro anos.
Quem mora em SC (principalmente Floripa, Itajaí, Joinvile) e Curitiba, o Bus Session organiza excursões pros principais shows que vêm pro país, que geralmente rolam em SP e RJ.

Tudo bem organizado, você se cadastra no site e recebe notícias de quando o show que você quer (e nenhum spam depois)é confirmado e os preços. Eles fazem todo o trabalho, correm atrás da produção, confirmam locais, datas, fazem camiseta do show e compram o ingresso assim que começam as vendas. Depois de feita sua reserva, você só paga e embarca.

O Bus Session já fez 105.000 km de "festa sobre rodas" e só ouvi críticas positivas. Além de disponibilizar refri, água, energético na viagem de ida, garantem pizza quentinha na volta da viagem.

Fiquem atento para os próximos shows!

ZZ Top - 23.maio - Porto Alegre
Ingressos garantidos. Promocional até 20.abril.

Aerosmith - 27.maio.PoA - 29.maio.SP
Ingressos garantidos. Vagas limitadas.

GP de Fórmula 1 e Salão do Automóvel - 07.nov
Bus Session. Parcelamento em até 8 vezes.

Paul McCartney, Green Day, Lady Gaga
Faça sua pré-reserva sem compromisso e seja avisado pelo celular assim que anunciarem as vendas.

Apostas 2010: Bon Jovi, Linkin Park, U2


http://www.festasobrerodas.com.br/
http://twitter.com/bussession

Mulheres bonitas colocam os homens em risco

Que homem fica bobo perto de mulher bonita, a gente já sabia! Mas aí vem a ciência confirmar... Tirei do site da revista Superinteressante.





Uma pesquisa da Universidade de Queensland, na Austrália, revela que os homens se arriscam mais quando estão perto de mulheres atraentes.

O estudo avaliou a relação entre homens jovens assumirem riscos e a presença de mulheres bonitas em uma pista de skate. Os pesquisadores Bill von Hippel e Richard Ronay constataram que os skatistas jovens faziam manobras mais arriscadas quando estavam na presença de um observadora bonita do que quando na frente de espectador do sexo masculino.

A saliva dos skatistas também foi testada para medir os níveis de testosterona e pontou que os jovens se arriscaram porque a presença das mulheres atraentes elevou o nível de testosterona dos homens. Ficar perto de mulheres bonitas deixa os homens mais másculos, mas faz com que eles percam a noção do perigo.

(por Kleyson Barbosa, interino)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010